“Você é importante por quem você é. Você é importante até o último momento da sua vida, e faremos tudo o que pudermos, não só para ajudá-lo a morrer em paz, mas também para a viver até morrer.”
Cicely Saunders
Os cuidados paliativos são realizados quando o tratamento curativo não está mais atuando, ou seja, quando deixa de fazer o efeito esperado.
No cuidado paliativo, o limite da vida é aceito e o objetivo é o cuidado, não a cura. Durante essa fase de cuidados, pacientes e familiares frequentemente se apoiam em crenças religiosas ou espirituais como forma de encarar as dificuldades, encontrar conforto, força e esperança.
Segundo a OMS, os cuidados paliativos buscam aprimorar a qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam problemas associados a doenças ameaçadoras da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, tratamento da dor e outros problemas de ordem biopsicosocial e espiritual.
A sociedade, desde os tempos mais remotos, oferece apoio e cuidado aos seus membros que estão morrendo ou doentes, sendo esses cuidados acompanhados de profunda reverência espiritual, onde a espiritualidade proporciona uma forma de resiliência para enfrentar as dificuldades.
Pode se entender que a religião está ligada a doutrinas e rituais, já a espiritualidade está voltada para a experiêcnia profunda do encontro vivo com Deus, onde essa experiência transcede aos sofrimentos vividos através da atribuição do sentido à existência humana, ela é subjetiva, diferente para cada indivíduo, relacionada ao autoconhecimento e também da conexão pessoal a uma " força maior".
A espiritualidade mostra- se condutora dos comportamentos familiares, onde se movem junto à adaptação da doença, facilitando assim, seu enfrentamento seja mais fácil ou não.
Faz - se entender que a espiritualidade afeta a saúde, tanto do paciente quanto familiar. Intervenções nesse sentido como ouvir, estar presente , promover esperança e dar direção são exemplos de atitudes voltadas para o cuidado integral do paciente.
