Como parte do treinamento para uma corrida de longa distância, costumamos fazer treinos longos, além dos treinos curtos com altas intensidades. Está bem documentado na literatura que treinos extenuantes levam á várias alterações metabólicas e fisiológicas levando ao dano muscular induzido pelo exercício. esse dano muscular pode levar à diminuição da função muscular e aumento da dor, resultado em rigidez e inchaço.
Em um estudo realizado com 31 voluntários do sexo masculino que completaram uma maratona em Londres, com tempo entre 4-5 horas, foram observados decréscimo na função muscular, aumento na percepção da dor e alterações de vários marcadores da inflamação.
Como sempre buscamos o menor tempo de recuperação, uma técnica que vem sendo muito utilizada por fisioterapeutas, treinadores e atletas é a crioterapia.
Os efeitos fisiológicos resultantes da diminuição da temperatura muscular incluem: redução na inflamação, analgesia e a diminuição da sobrecarga cardiovascular.
Na literatura há uma falta de clareza sobre qual principal técnica de realização da crioterapia e seus efeitos na recuperação, pois há uma dependência da especificidade e duração do exercício. Em alguns estudos sugerem que a imersão no gelo após exercícios de sprint podem atenuar a dor.
Em um estudo onde compararam os efeitos da imersão em água resfriada a 8 graus Celsius por 10 minutos e a permanecia em uma câmara fria por 4 minutos em uma temperatura de - 85 graus Celsius, observaram um efeito negativo nos marcadores inflamatórios e aumento na percepção da dor.
Com base nesse estudo, fica claro que devemos ter mais mais estudos para que se esclareçam as respostas fisiológicas após o uso da crioterapia como estratégia de recuperação pós exercício.